Tuesday, August 15, 2006

pouca coisa? que nada, pra mim isso está de bom tamanho, ah se tá.

Eu tô é com vontade de sorrir, de agradecer, de gritar, de dizer que estou feliz sem nem ao menos ter certeza se eu realmente estou. Sei que eu estou "alguma coisa", alguma coisa boa, o que merece um "graças a Deus!, ainda bem! e que isso se repita sempre e sempre!".
Ah, aquela menininha que eu vi no banheiro do shopping com os cabelinhos perfeitamente amarrados com duas xuxinhas, no colo da mãe, que se não é a mãe mais simpática é a segunda mais simpática, porque a minha é a primeira (claro). Simpática por nunca ter me visto na vida, ou pelo menos nessa vida e ter soltado um sorriso lindo, um sorriso que eu esperava há milênios e nunca chegava, exatamente numa tarde quase noite de segunda-feira. Eu sei lá. Não me refiro ao sorriso específico daquela mãe, mas um sorriso, um sorriso desconhecido, um sorriso que me fizesse ver que nem todas as pessoas do mundo são mal-humoradas 100% do seu tempo.
Vamos entrar em detalhes, porque hoje eu estou afim. E lá estava eu saindo do "box" indo lavar as mãos e quando estou indo pegar algumas folhas de papel para enxugá-las olho para o espelho meio que sem querer e dou de cara com uma das criaturinhas mais fofas do universo. Eu fiquei mesmo foi feliz, assumo, e pensei logo "ai, que linda! eu quero uma dessa pra mim". Pensei e sorri. Creio que sorri. Porque aquela mulher que estava segurando a criança não iria sorrir pra mim se eu não tivesse dado nenhum sinal. Ah, vai saber. Sei que ela sorriu, e eu retribui com um outro sorriso e fui me retirando do local. Rindo.
Eu queria mesmo era passar a tarde toda ali, trocando sorrisos com aquela pessoa desconhecida e ter brincado um pouco com aquela criança, mas eu saí, eu tinha que sair. Depois daí acabou, pelo menos na real, porque eu ainda pensei na possibilidade de encontrá-las na praça de alimentação e sei lá...

Encontrei meu irmão e fui toda alegre dizendo:

- Tinha uma menininha linda no banheiro, eu queria levar ela pra casa, haha. Ah, a mãe dela era toda simpática, sorriu pra mim.
- Deu pra querer roubar crianças agora, é?

Imagina. Eu não sou capaz de tal coisa, mas aquelas pessoas trouxeram minha felicidade por um longo período de tempo que eu ainda consigo sentir, foi tão bom, é tão bom que pensar na possibilidade de roubar, as duas, não seria má idéia.

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